Vamos falar sobre IA?

Há alguns anos, nós três tínhamos um sonho: criar nossa própria animação, um projeto do Tudo Orna. 

Como vocês sabem, o Tudo Orna é uma empresa de natureza muito criativa e inovadora, e muitas vezes temos que segurar ideais e projetos para não perder o foco e tomar decisões que nem sempre são as que gostaríamos, porque não dá para abraçar todas as frentes. 

Essa é uma das dores do empreendedor. O empreendedor não é só criativo, ele precisa ter o pensamento de negócios, de estratégia, de entender o que é viável e o que não é, principalmente quando se trabalha por conta sem grandes investidores. Então eu e Bárbara engravidamos e optamos por congelar esse projeto e deixar para quando surgisse uma oportunidade.

Agora, vendo a inteligência artificial criar em segundos várias possibilidades de personagens, fico pensando se talvez isso esteja tão mais próximo de se viabilizar do que a gente imagina.

Se as empresas estão disponibilizando para qualquer pessoa fazer animação e se enxergar como um personagem criado pelos robôs com as características dos desenhos da Pixar, já imaginou o que já tem avançado? É muito possível que a IA consiga criar uma animação inteira, um curta-metragem com o direcionamento de um roteiro ou até criando um roteiro do zero, com base em algumas informações que a gente dá. Talvez esse seja um produto dessas empresas em um futuro muito próximo, você ter seu próprio filme, sua própria animação.

Animação, estúdio, projetos gráficos envolvem tanta coisa: dubladores, uma série de pessoas, uma equipe muito grande de criativos, é muito custoso, são projetos extremamente caros para conseguir viabilizar. De repente, a IA está aí, literalmente criando coisas e possibilidades muito próximas de coisas que, há pouquíssimos anos e meses, não estavam tão perto.

Aí você começa a pensar em toda a cadeia, até nos custos que tinham, por exemplo, na contratação de dubladores e tudo mais. E tudo isso a IA também está fazendo. Inclusive, esse é um dos setores que está sendo altamente impactado com a evolução disso tudo que está acontecendo. A IA está movimentando e sincronizando a expressão labial junto com a voz, que era algo que gerava certo desconforto quando pensávamos em dublagem.

Junto com toda essa revolução, com tudo que estamos vivendo, veio o debate se os robôs vão e podem substituir ou não os profissionais. O que é propriedade intelectual sendo que o robô cria as imagens do zero, mas a partir de uma série de leituras de outras coisas? É toda uma questão que envolve ética, gestão de informação, etc.

Lembro que, no conteúdo que preparamos para a palestra sobre ‘’O futuro da marca pessoal’’, este ano, trouxemos alguns debates sobre tudo isso, sobre avatares e o que eles vão ser. Uma parte da nossa identidade? É uma discussão bem complexa e urgente ao mesmo tempo, porque a coisa está acontecendo e ninguém está falando sobre isso.

Recentemente, postei aquelas minhas imagens estilo anuário escolar feitas pela IA. Obviamente, algumas saem boas, outras não. Mas é bizarro imaginar o impacto que isso causa em tudo. Se evoluir do jeito que está evoluindo, daqui a pouco as campanhas criadas pelas marcas vão ser muito mais baratas de criar.

Fiquei muito chocada com as imagens, algumas realmente parecem uma foto minha, têm até as pintas da minha pele que nem eu percebia.

Como na internet tudo cresce de uma forma exponencial, o avanço das tecnologias digitais é muito mais rápido do que qualquer outro avanço tecnológico que já aconteceu em todas as passagens do mundo. O digital é uma crescente muito rápida que é difícil de acompanhar. Nós humanos nos sentimos esgotados porque não somos exponenciais, não temos essa mesma velocidade. Nosso corpo e mente têm um ritmo e é natural que a gente se sinta esgotado diante de tanta inovação e informação para assimilar.

Se o digital exige uma comunicação super mais dinâmica das marcas, das pessoas, produção de conteúdo novo toda hora, inovação para chamar atenção e para atrair, foi preciso criar a possibilidade de fazer com que esse volume de produção de conteúdo seja criado.

Por Débora Alcantara


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